“Mergulho e hipnose” é a exposição que marca a reabertura do Museu da Água de Coimbra, da Empresa Municipal Águas de Coimbra, nesta nova fase de desconfinamento social no país.
A exposição, que reúne um conjunto de obras da Coleção Norlinda e José Lima em comodato no Centro de Arte OLIVA em São João da Madeira, uma das maiores coleções de arte privada do país, tem como tema a saúde mental e as questões da perda ou libertação, apresentando um diálogo de interrogação às consequências deste período de pandemia e confinamento, ao mesmo tempo que celebra e reforça a importância da água enquanto recurso natural.

Em “Mergulho e hipnose” pretende-se que os tempos e os espaços sejam lentos e densos, indeterminados e perturbadores. O desenho da exposição funciona como um percurso e propõe uma leitura integrada. Contudo, cada autor e cada criação têm em si uma mitologia individual a que cada um somará (re)leituras, num exercício que se pretende de partilha e entrega, tomando a Arte como o grande veículo transformador de consciências.
“Esta não é uma exposição (apenas) para contemplar e entreter o olhar. É um desafio cognitivo e emocional e foi este o mote que determinou a escolha de cerca de duas dezenas de autores e obras de arte, de diferentes gerações e nacionalidades, numa busca por criar um mapa de sensações que contrariem a indiferença que pauta a pós-modernidade superficial e de consumos rápidos.”, nas palavras da curadora da exposição, Helena Mendes Pereira.
A mostra apresenta trabalhos de artistas como Álvaro Lapa (Portugal, 1939-2006), Araci Tanan (Brasil, 1964), Eva Lootz (Áustria, 1940), João Louro (Portugal, 1963), João Maria Gusmão (Portugal, 1979), João Onofre (Portugal, 1976), João Penalva (Portugal, 1949), Jorge Queiroz (Portugal, 1966), Júlia Ventura (Portugal, 1952), Lygia Pape (Brasil, 1927-2004), Michael Biberstein (Suiça, 1948-2013), Miguel Palma (Portugal, 1964), Nelson Silva Sousa (Portugal, 1971 ), Noé Sendas (Portugal, 1972), Noronha da Costa (Portugal,1942-2020), Pedro Paiva (Portugal, 1977), Pedro Cabrita Reis (Portugal, 1956), Rui Chafes (Portugal, 1966), Santiago Ydañez (Espanha, 1969) e Yonamine (Angola, 1975).
Entretanto, e de acordo com Ana Maria Santos, Coordenadora do Museu da Água de Coimbra, “é urgente uma mudança de comportamentos e, por experiência, sabemos que a arte e as iniciativas artísticas são instrumentos especiais de sensibilização que, ao mesmo tempo que proporcionam uma experiência estética, questionam e alertam para a necessidade de um trabalho coletivo, que permita construir, para as atuais e novas gerações, um futuro mais sustentável e belo. Pelo que faz todo o sentido continuar a desenvolver iniciativas desta natureza, que pelo visível do invisível, contribuem para a alteração de hábitos, a salvaguarda do Planeta e em particular deste recurso natural, essencial à vida.”
O acesso ao espaço está limitado a um número máximo de visitantes, em simultâneo, e às regras de uso de máscara, distanciamento social, higienização e etiqueta respiratória.